Cidadania Digital

26 junho, 2005

A Politica e seus Podres Poderes...

"Chego a conclusão que a questão não está na politica e suas relações e sim no poder e no efeito individual que ele proporciona..."

Ponto de vista: Lya Luft
Por que não aprecio a política!

"De um lado vejo despreparados que chegaram ao poder e estão atônitos, de outro, corruptos delirantes de alegria por ali estarem e, no meio, os despreparados-corruptos, dos quais nem sei o que dizer"

Ilustração Atômica Studio


Já comentei aqui que não aprecio a política. Pelo menos, não do jeito como a exercemos. Hoje, penso que a fazemos de maneira abominável – com honrosas exceções, que nos dão ainda um sopro de esperança. Na minha adolescência tínhamos partidos que representavam de alguma forma a direita, o centro e a esquerda. As coisas eram claras, vestia-se a camiseta e morria-se por ela – ou com ela. Dizia-se de alguns políticos que eram velhas raposas, mas muitos eram honrados. Talvez então se fizesse uma política mais próxima do seu sentido real: buscar o bem da comunidade. Aqui e ali aparecem entre nós homens daquela estirpe, resistindo à bandalheira quase generalizada, mas podemos contá-los nos dedos.

Naquele tempo, do qual aliás não cultivo maior saudade porque saudosismo nostálgico não é do meu feitio, um parente meu mudou de partido porque o novo lhe permitia algo com que ele havia tempo sonhava em vão: financiar a construção de um hospital, único na sua cidade. Apesar desse bem para a comunidade, ele ficou no ostracismo pelo resto da vida, acusado até pelos beneficiados de algo gravíssimo naqueles idos: "Vira-casaca". Era a marca do opróbrio.

O termo perdeu a força porque se viram casacas o tempo todo, com muito menos pudor do que se trocaria de roupa íntima em praça pública. O número de partidos se multiplicou ao vento dos interesses pessoais e de ideologias confusas. Perdidas entre ervas daninhas, a honra e a ética entram pelo ralo feito cachoeira, tornando-se quase um oásis onde a gente consegue, raramente, sentir-se bem.

Meu pai, advogado conhecido em meu estado, resolveu, também naquela época, aceitar convites insistentes de seu partido para se candidatar a deputado. Estadual ou federal, não lembro mais. Sua campanha – isso eu lembro – baseava-se em não mentir, não enganar, não prometer impossíveis, não abusar da confiança do eleitor. Era um homem honrado, meu velho pai. Naturalmente ele perdeu as eleições para alguém que era quase um crápula, todos sabiam disso, mas foi quem venceu.

Desde então não aprecio a nossa prática política. Neste momento, aliás, preocupa-me até a limpeza do ar que respiro. De um lado vejo despreparados que chegaram ao poder e estão atônitos, de outro lado, corruptos delirantes de alegria por ali estarem e, no meio, os despreparados-corruptos, dos quais nem sei o que dizer. Por baixo desse triste espetáculo, o povo brasileiro, do qual faço parte, contemplando sem grande esperança tramas e tramóias a respingar sujeira em nosso televisor, nosso jornal e nossa alma.

Isso, fora o que não vêem, mas talvez adivinhem, os comuns mortais como nós, que não trilhamos os suspeitos bastidores desse triste espetáculo. Concordo que existem por ali alguns sinceramente chocados: pois nem todos são desonestos, e nem todos sabiam. Que desse susto nasça algum fruto positivo e salvador.

Enquanto isso, pagamos a grande farsa: impostos absurdos embutidos nos alimentos e remédios, na água da nossa sede, no preço do seguro-saúde e da escola particular, pois, se a coisa particular não anda boa, a pública há muito desandou. Projetos para salvá-la são abstrusos ou perigosos.

Nenhum palavrório esconde, por exemplo, que na universidade pública muitas vezes não há papel higiênico para os professores, que dirá material de trabalho e laboratórios, boa biblioteca, estímulo e orientação para os alunos, gravemente atingidos pelo que se vai explicitando neste país.

Senhores, acreditem: o que estamos vendo e nos ofende é, usando de um clichê, apenas a ponta de uma montanha de gelo que, revelada e derretida, vai nos cobrir – não de água, mas de vergonha. Essa ao menos a gente consegue preservar. Que ela se fortaleça e se manifeste, junto com sua irmã maior: a indignação.

Lya Luft é escritora

Educação, sim; violência e indisciplina, não!

Educação, sim; violência e indisciplina, não!

Texto: ANTÔNIO ERMÍRIO DE MORAES

Folha de SP domingo, 26 de junho de 2005

O assunto já é conhecido de todos -a violência nas escolas. O problema tomou proporções assustadoras. Os professores estão acuados. As agressões nas salas de aula vão dos insultos verbais aos desacatos pessoais e, muitas vezes, à violência física.

Igual vandalismo ocorre com o equipamento escolar. As carteiras são rabiscadas com palavreado ofensivo, os banheiros são emporcalhados,impedindo o uso decente, os livros das bibliotecas são depredados com raiva.

Em suma, as escolas públicas e privadas estão sendo habitadas por uma população de vândalos -adolescentes que buscam concentrar seu ódio em algum ponto para mostrar a sua aversão às regras e à disciplina da civilidade.

Os professores estão cada vez mais temerosos. Já se fala em fobia escolar. Muitos deles têm medo de entrar na sala de aula, pois sabem ser impotentes para enfrentar a agressividade da adolescência dos dias de hoje.

A situação é muito grave. Educadores e psicólogos têm estudado o assunto de vários ângulos. Ninguém chegou à fórmula mágica do respeito necessário. Os professores culpam os pais. Os pais culpam os professores. Professores e pais culpam os diretores. Os diretores culpam as autoridades educacionais, e assim vai. É um longo jogo de empurra-empurra, como bem classifica Rosely Sayão, psicóloga que trata desse tema com freqüência neste jornal.

De todas as explicações, impressiona-me a que analisa com profundidade a nova família. O mundo mudou muito nos últimos 50 anos, e a família mudou mais ainda. No passado, errava-se pelas agressões autoritárias praticadas contra os filhos por motivos banais. Hoje, erra-se pela falta de regras com que são criados os filhos.

Penso ser pouco numeroso o grupo de alunos que são disciplinados em casa e indisciplinados na escola. O comportamento escolar reflete, em grande parte, o que é ensinado pelos pais.

Os pais modernos ficaram sem tempo para educar os filhos. Estes tendem a ficar sozinhos em casa ou envolvidos por verdadeiras gangues cujo padrão de comportamento vai do assalto verbal à agressão física, passando pelas drogas e sexo descontrolados. A família moderna terceirizou a educação dos filhos -deixou-os a cargo de empregadas sem tempo e preparo para substituir os pais ou simplesmente deixou os filhos como reféns de grupos que cultivam o desrespeito.

Sei que esse problema é uma das preocupações centrais das autoridades educacionais de hoje. Vejo com bons olhos algumas experiências que parecem reduzir o grau de violência escolar, como é o caso da abertura das escolas aos alunos e pais nos fins de semana, a intensificação das atividades esportivas, o estímulo à música através de orquestras e corais, a explicação da razão de ser das regras escolares e várias outras.

Mas o problema está longe de ser resolvido, porque os adolescentes agressivos e violentos estão, na verdade, mostrando o resultado do abandono familiar. É um problema de grande gravidade, que não se resolve com atos de governo ou com punições dos jovens. Os pais têm de se conscientizar que a escola não pode consertar o que eles estragam em casa.

19 junho, 2005

Cursos Gratuitos na Rede

Novidades para quem curte Estudo à Distância,

A Universidade Estácio de Sá oferece no link abaixo 3 cursos à distância, área ambiental, inglês e português.

Vale a pena visitar!

Universidade Est�cio de S�

Pedagogia de Projetos - Temas

Quando iniciei meu trabalhos voltados a inclusão digital fui encontrando um pessoal bem legal, tudo que fiz me levou à onde estou hoje (Teleceu - Telecentros).

Nessas andanças conheci o CDI (Comitê para a Democratização da Informática), hoje, há duas vertentes da equipe a sp e a são paulo, em links diferentes, mas sem entrar no mérito dessa questão eles tem uma visão interessante da relação informatica e cidadania, para alcançar esse objetivo utilizam Pedagogia de Projetos.

O link abaixo permite o download de materiais completos para cada tema em Informática.

Pedagogia de Projetos - Temas

Dicas para Pais e Educadores - Dicas de Educação e Informática

Uma Descoberta Interessante:

Em minhas pesquisa na rede encontrei um site muito particular que trata do tema educação, além de muito interativo possui um acervo bem especial de ferramentas pedagógicas e links interessantes, vale a pena dar uma olhada o link segue abaixo.

Dicas para Pais e Educadores - Dicas de Educa��o e Inform�tica

18 junho, 2005

Mahabaratha - Sob os Olhos de uma Criança Vol.1

Leitura Imperdível - Material Obrigatório para quem busca uma maior compreenção do Oriente e suas particularidades culturais, além da leitura sugiro uma pesquisa em sites do gênero como por exemplo: www.yoga.pro.br

Loja Conrad


Nada como alegrias em familia... Posted by Hello

17 junho, 2005

Novas Experiências

Novidades chegando ...

Estou desenvolvendo atividades integrando Educação e Área Técnica de Informática, minha atuação é no laboratório de Informática da EMEF CEU Vila Curuça, as atividades são voltadas aos professores, alunos e comunidade local.

Grandes desafios,

O mais interessante é que apesar de estarmos lidando equipamentos e máquinas, os maiores desafios são encontrados internamente.

São as resistencias, indisposição à novos aprendizados, uma certa subutilização dos recursos disponíveis.

Me pergunto, estamos realmente abertos aos novos desafios e à uma utilização plena de nossa criatividade?